Displasia do Quadril

Definição

A displasia do desenvolvimento dos quadris é uma condição ortopédica comum, onde os quadris podem estar encaixados de forma insuficiente para manter a estabilidade. Há uma variabilidade importante da gravidade, desde uma instabilidade leve, até a luxação do quadril (perda total do contato da cabeça femoral com o acetábulo). 

Geralmente, a instabilidade consiste de um acetábulo (onde a cabeça do fêmur se encaixa) raso, e uma cobertura insuficiente.

Os fatores de risco para a displasia dos quadris são: posição pélvica intraútero, (criança sentada), história familiar de displasia na família, primeira filha.

O exame dos quadris ao nascimento por um ortopedista infantil bem treinado é muito importante, porque pode detectar uma anormalidade do quadril mesmo sem que haja nenhum sintoma. Algumas anormalidades dessa relação anatômica do quadril podem levar a alterações ao caminhar, artrose e dor na maturidade. 

A ultrassonografia é um exame importante para conseguir ver adequadamente a relação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. O exame não é invasivo, e deve ser feito por um profissional experiente.

O diagnóstico precoce permite que o tratamento com o suspensório de Pavlik possa ser feito ainda dentro do primeiro ou segundo mês de vida, com resultados favoráveis em mais de 95% dos casos, segundo a literatura.

Nos casos que não há sucesso no tratamento com o suspensório de Pavlik, uma abordagem cirúrgica pode ser necessária para encaixar os quadris. Um procedimento específico pode ser indicado, dependendo da idade, com o objetivo de encaixar corretamente o quadril.


Prevenindo a Displasia do Quadril

O que é Displasia de Quadril e qual a sua Frequência?

Displasia de quadril é o termo médico para instabilidade, ou frouxidão, das articulações dos quadris. Isso afeta milhões de crianças a cada ano e varia de instabilidade leve até a luxação completa. Cerca de 1 a 20 bebês nascidos a termo tem alguma instabilidade do quadril e 2 -3 por 1000 necessitam de tratamento.

Displasia de quadril não é um “defeito de nascença” porque nada está faltando. Esta frouxidão é porque a mãe produz hormônios que ajudam a relaxar os ligamentos durante o processo de nascimento. A posição do nascimento também pode alongar os quadris e torna-los hiper-móveis. 

Felizmente a maioria dos quadris hiper-móveis em bebês se tensionam naturalmente e crescem corretamente. Envolver o bebê com suas pernas unidas de modo firme, condições genéticas, entre outras podem atuar que não ocorra a correção natural. 

Prevenção e diagnóstico precoce são a chave para o tratamento simples antes que o quadril desloque ou venha a ficar preso em uma posição ruim.

Como a Displasia de Quadril é Diagnosticada?

Luxação e displasia de quadril são geralmente diagnosticadas em exames de rotina das articulações do quadril. Um estudo de ultrassom do quadril pode ser recomendado para um bebê em risco ou quando o pediatra tenha qualquer preocupação com displasia de quadril. O estudo do ultrassom é inofensivo e indolor e dá ao médico uma imagem das articulações do quadril. 

 A Academia Americana de Pediatria recomenda um exame de ultrassom a seis semanas de idade para todas as meninas que estavam na posição sentada (pélvica) ao nascimento. Bebês com outros fatores de risco também podem se beneficiar de um exame de ultrassom, especialmente quando o pediatra tem qualquer preocupação com o exame de quadril. Um raio-x aos quatro meses de idade ou mais velhos as vezes é recomendado. 

Visite o site: displasiadecadera.org

O que você pode fazer para proteger o Quadril do seu Bebê?

Enrolar os bebês da maneira errada pode causar sérios problemas no quadril do bebê. É importante deixar o quadril livre para se mover e não amarrá-lo firmemente com as pernas estendidas e pressionando-as juntas. Deixe o bebê manter suas pernas flexionadas para cima como eles eram quando o bebê nasceu e dê espaço para as pernas se moverem livremente.

Cerca de 40 anos atrás, antes do advento de toda a tecnologia da medicina moderna, alguns médicos respeitados e recomendavam fraldas volumosas, duas fraldas ou algo chamado de “calça de abdução” para proteger os quadris dos bebês nos primeiros meses de vida, enquanto o quadril está crescendo rapidamente.

Quando os bebês saudáveis nascem, seus quadris são dobrados para cima e não devem estar esticados para a posição adulta para caminhar. Protegendo os quadris nesta posição fletida talvez possam permitir que quando os hormônios da mãe baixarem os quadris do bebê se tornarão retensionados, mais fortes e mais firmes. O bebê ainda terá tempo de sobra para esticar as articulações do quadril antes de começar a andar. Este método natural tem sido utilizado na Servia, Japão e em outras partes do mundo e tem ajudado a prevenir a displasia do quadril. 

Culturas que seguram os seus bebês na posição de jóquei, amarrados em volta de suas mães tem baixa frequência de displasia de quadril. Culturas que envolvem os seus bebês firmemente com as pernas estendidas, tem altas taxas de displasia de quadril. 

Quais bebês possuem risco para displasia de quadril?

 Bebês com alto risco para displasia de quadril incluem aqueles que têm: 

  • História familiar de displasia de quadril
  • Posição pélvica no útero
  • Pescoço ou pé torcido (Torcicolo congênito ou metatarso adulto)
  • Peso ao nascer maior que 4 quilogramas
  • Mães com mais de 35 anos de idade
  • Click ou ressalto no quadril

Você pode ajudar o seu bebê a ter quadris saudáveis, reconhecendo os fatores de risco, mantendo suas consultas médicas, e proteger os quadris de seu bebê sem manter as pernas esticadas nos primeiros meses de vida.